É impressionante a promiscuidade que há entre o poder público e essa enxurrada de ONGS que prolifera atualmente em nosso País. Provavelmente nao ha um mês em que nao sejam estampadas manchetes motrando as maracutaias existente entre estas tais entidades e o poder publico, nos três niveis. Agora mesmo acabo de ler em O Dia que o TCU investiga a principal contrataçao do Programa de Saúde da Familia no municipio do Rio de Janeiro. O pior nisso tudo é que a prefeitura está tendo que responder por irregularidades encontradas quando da contrataçao da ONG (CIESZO) que recebe R$ 28milhoes por ano. A entidade tinha só 41 dias de existencia quando assumiu o serviço, sem licitaçao. Essas ONGs sao entidades nao governamentais que com pouquissimas exceçoes só funcionam com o dinheiro publico. É escandalo atrás de escandalo e nada se faz. A prefeitura vai dar explicaçoes, nisso esses gestores sao bons, e provavelmente nada vai acontecer e tudo vai continuar como dantes. Pasmem os senhores! Cesar Maia ainda tem o desplante de justificar tal contrataçao dizendo que a referida instituiçao se assenta numa quase centenaria experiencia da faculdade que lhe deu origem e que acima de tudo o serviço fica menos oneroso do que se fosse feito pela propria prefeitura. Vejam os senhores essas entidades ganham milhoes e milhoes em serviços que normalmente nao sao prestados. Aqui em nossa cidade, Itabboraí é um aporte de ONGs, escolhidas muitas vezes pela petrobras, ganhando nao se sabe quanto para prestar serviços que o cidadao itaboraiense poderia fazê-lo. De uma feita fui a uma de essas reunioes promovidas por uma de essas entidades e em lá chegando observei que o condutor da reuniao pedia que as pessoas colocassem no papel todas as suas aspiraçoes e anseios. O condutor nao opinava em nada, claro, ele nao conhecia e nem conhece Itaboraí. Nos colocamos tudo no papel. Feito isto o condutor da reuniao levou aquilo para o Rio de Janeiro, provavelmente sistematizou em seu computador, colocou um formato bonito e vai apresentar para a PETROBRÁS e embolsar quem sabe milhoes enquanto aqueles que aqui produziram o documento, ficarão a ver navios. É obvio que eu fui á primeira reuniao e nao voltei mais lá porque entendo que aquilo poderia ser feito, por nos, populaçao da cidade. Entendo tambem que algumas pessoas dirao: se nos produzissemos este ou aquele documento, provavelmente nao seria aprovado pela PETROBRÁS. É muito provavel, inventar-se-ia um ponto aqui uma virgula acolá para nos desclassificar e nas entrelinhas dizer que somos incompetentes. Isso é passivel de acontecer, porque esse pessoal institui a complicaçao para implantar a corrupçao.
Antonio Gomes Lacerda
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