quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

"Todos são iguais perante a lei." Mentira!

O Globo publica hoje, 21/12/2011, em primeira página que Jader barbalho ganhará dois meses de salário sem trabalhar. Para completar a manchete temos ainda: Senado abrirá no recesso para empossar peemedebista. Algumas pessoas, com uma boa educação, dizem por aí que isto é uma vergonha. Infelizmente eu não tenho tamanha educação e complacência. No meu ponto de vista, isto é uma afronta, um tapa na cara de cada brasileiro que embarca diariamente num ônibus superlotado para ao final do mês ganhar um salário mínimo e com ele levar o pão de cada dia para sua família. Só para que vocês tenham idéia daquilo que eu chamo de as grandes mentiras brasileiras eu relembro; “ Todos são iguais perante a lei”.
Para se justificar, o presidente daquela casa se justifica dizendo (ele e seus comparsas ) que estão cumprindo apenas uma decisão do SUPREMO. Para que os leitores tenham uma idéia, O senhor Jader Barbalho tomará posse no próximo déia 28 e receberá logo em seguida R$ 30.283,13 resultantes de uma ajuda de custo de R$ 26.723,13 paga aos senadores no início e no fim de cada ano legislativo (valores brutos), mais R$ 3.360 relativos a quatro dias de salário de dezembro, mesmo sem trabalho. Esse é o país do cinismo e das grandes mentiras.
Só para que vocês tenham idéia daquilo que eu chamo de as grandes mentiras brasileiras vejam esta: “ Todos são iguais perante a lei”. Senadores = Trabalhadores brasileiros ?
Essa lei da ficha limpa é mais uma das muitas que são criadas nesse país, 18 leis por minuto, que não servem para nada, ou melhor, servem para os seus autores justificarem os seus polpudos salários e benesses.
Em breve teremos mais um aumento de 50% ou mais para os ministros do supremo assinados pelos senadores e dentre estes Jader Barbalho. Esta é a maior quadrilha de assaltantes dos cofres públicos deste país e não fazemos nada!
“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

Atribuído a Bertolt Brecht por uns e a Vladimir Maiakovski por outros

Antonio Gomes Lacerda

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