quinta-feira, 14 de maio de 2009

Brasil tem mais de um terço dos analfabetos da América Latina

Considerando também o Caribe, Cuba é o país com o menor índice, apenas 0,2% da população

13.05.2009 - 12:09

Redação

Dados da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade) indicam que em todo o mundo vivem 800 milhões de adultos não alfabetizados. Desse total, 35 milhões estão em nações latino-americanas.

O Brasil, país mais populoso da região, também concentra mais de um terço da população analfabeta da América Latina, 14 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler e escrever, de acordo com a Pnad 2007, do IBGE.

A Clade é uma rede de organizações da sociedade civil que atua em defesa do direito ao ensino público gratuito e de qualidade.

Segundo o levantamento da Clade, divulgado em 2007, no grupo de países da América Latina e do Caribe, Cuba apresenta a menor taxa de analfabetismo: o problema atinge 0,2% da população. Já na Guatemala, que tem os piores indicadores, o problema afeta quase um terço (30,9%) das pessoas com mais de 15 anos.

Nesse ranking, o Brasil ocupa a 6ª posição, em um total de 19 países. De acordo com a Clade, com um percentual de 11,4% de analfabetos entre a população com mais de 15 anos de idade, a média brasileira fica atrás, por exemplo, dos índices do México (9,1%), Equador (9%), Panamá (8,1%) e Venezuela (7%).

Segundo a Pnad, o índice de analfabetismo entre os brasileiros com mais de 15 anos é de 10%. Para o educador peruano e consultor internacional José Rivero, uma das explicações para a persistência do problema, tanto na América Latina quanto no Brasil, são as grandes desigualdades sociais da região.

“O Brasil é a primeira potência em matéria econômica, mas tem questões de pobreza que são incompatíveis com essa qualidade. Essa bipolaridade tem possibilitado a existência de uma camada muito grande de analfabetos”, analisa.

Confira o ranking do analfabetismo nos países da América Latina e do Caribe:

01. Guatemala: 30,9%

02. Nicarágua: 23,3%

03. Honduras: 20,0%

04. Bolívia: 13,3%

05. Peru: 12,3%

06. Brasil: 11,4%

07. Suriname: 10,4%

08. Paraguai: 9,8%

09. México: 9,1%

10. Equador: 9,0%

11. Panamá: 8,1%

12. Colômbia: 7,2%

13. Venezuela: 7,0%

14. Costa Rica: 5,1%

15. Chile: 4,3%

16. Argentina: 2,8%

17. Aruba: 2,7%

18. Uruguai: 1,9%

19. Cuba: 0,2%

Extraído de: http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/48001_49000/48272-1.html

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