quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Deputado cassado critica 'ditadura dos partidos' e alega perseguição


Walter Brito Neto (PRB-PB) foi cassado na quinta-feira (27) pelo TSE.Ele afirma ser vítima de perseguição política do senador Efraim Morais (DEM-PB).
Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília



O deputado federal Walter Brito Neto (PRB-PB), cassado na quinta-feira (27) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por infidelidade partidária, criticou a decisão e disse ter sido perseguido pelo seu antigo partido, o DEM. “Eu não podia ficar em um partido que não aceita a liberdade de expressão. Está se criando uma ditadura dos partidos no Brasil”, protestou o deputado nesta sexta-feira (28). Brito Neto afirma que foi perseguido em seu estado pelo presidente regional da legenda, o senador Efraim Morais (DEM-PB). Ele diz que a destituição do diretório municipal de Campina Grande (PB), sua base eleitoral, o levou a deixar o DEM em setembro do ano passado.“Eu já havia sido prejudicado nas inserções televisivas durante a campanha e depois o partido foi fechado na cidade porque a orientação do senador era colocar o partido à disposição do governador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)”, diz Brito Neto. O senador Efraim Morais foi procurado pelo G1. A assessoria informou que o parlamentar está em viagem pelo interior do estado e não conseguiu contato.O deputado Brito Neto era vereador na cidade de Campina Grande e só assumiu o mandato na Câmara em novembro do ano passado após a renúncia de Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB), pai de Cássio, que deixou o cargo para não ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por uma tentativa de assassinato.

A troca de partido foi realizada por Brito Neto ainda quando era vereador e suplente de deputado. Ele afirma que irá recorrer com um pedido de reconsideração no TSE na próxima semana. Se a decisão for mantida, Brito Neto pretende recorrer ao STF e à Mesa-Diretora da Câmara, a quem cabe cumprir a decisão da cassação.O deputado questiona a resolução do TSE que criou o rito para a cassação de mandato. Ele afirma que essa legislação teria de ser feito por lei complementar.

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