É muito difícil para quem viveu grande parte da sua vida em sala de aula, conviver com as mais inusitadas situações como as que ocorrem atualmente em nosso país.
Quando falamos do interior do país, principalmente dos estados do nordeste e do norte sempre temos em mente a época do coronelismo, do voto de cabresto e outras coisas ainda mais degradantes. Ainda bem que estamos aqui no sudeste aonde a civilização já chegou e fixou residência para não mais sair. Pois bem qual não foi a minha surpresa, quando ontem, 01/02/2008, lendo o jornal O dia vejo a reportagem de uma jornalista falando com o administrador de um posto de saúde de Magé onde ele por não saber que estava falando com uma jornalista exigia dela o titulo de eleitor transferido para aquela cidade para que a mesma pudesse ser atendida. A reportagem está no jornal para quem quiser ver.
Agora o que me causa espanto é que nada vai acontecer com os mandantes daquela cidade. Com o administrador, quem sabe, talvez perca aquele cargo e seja colocado em um outro. E com a prefeita? Nada acontece? O administrador não estava inventando, com certeza estava cumprindo ordens superiores. E aí? Como é que fica? Isto é o que causa indignação.
Se qualquer pessoa que tenha internet entrar no TCU (tribunal de Contas da União) e acessar o link Contas irregulares Justiça Eleitoral e em seguida acessar cadastro de responsáveis por contas irregulares poderá verificar que um dos parentes da atual prefeita, de nome Charles Cozzolino, tem seis processos de contas irregulares, processos esses que vem desde 1997 e até agora nada de ruim lhe aconteceu.
Esse pessoal tem que ser julgado e condenado para evitar que tenhamos que presenciar cenas como as que temos presenciado nos últimos dias.
Digo mais, essas contas deveriam ser colocadas à visitação pública, não apenas para aqueles que têm acesso a internet, mas à população em geral, para que delas tivesse conhecimento e banisse de uma vez por todas essas pessoas do meio político. É essa impunidade que me deixa revoltado e porque não dizer com nojo.
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