quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Orgia com o dinheiro público

29/01/08 às 20:23
Por Sônia FilgueirasBrasília, 29 (AE)

Não só as despesas realizadas pela ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial, serão investigadas pela Controladoria-Geral da União (CGU). Os gastos feitos pelo secretário Especial da Pesca, Altemir Gregolin, com o cartão corporativo do governo também serão alvo da CGU. Pelas normas, o controle de gastos realizados por órgãos ligados ao Planalto, como as secretarias especiais, cabe à Secretaria de Controle Interno da Presidência da República (Ciset) da própria Presidência. A CGU acompanha as despesas com cartões corporativos realizados pelos demais órgãos e ministérios. Por determinação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, a CGU já está examinando as despesas com cartões realizadas por Matilde Ribeiro. O Ministério Público Federal também está investigando os gastos com cartões realizados por ministros. Um procedimento administrativo com este fim foi aberto na semana passada.Segundo a CGU, o pedido de verificação foi encaminhado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, por solicitação do próprio Gregolin. A Secretaria Especial da Pesca informou que o ministro está tranqüilo em relação à investigação, pois todos os gastos realizados envolvem agendas de trabalho e estão em conformidade com a lei.Segundo a assessoria, Gregolin gastou R$ 21,6 mil em 58 roteiros de viagens realizadas ao longo de 2007 que incluíram visitas a 85 municípios. O órgão argumenta que uma viagem idêntica realizada por um funcionário de escalão intermediário geraria gastos com diárias de R$ 23 mil. A Secretaria Especial da Pesca informou que os técnicos da CGU examinaram hoje (29) mesmo as despesas do ministro e não teriam encontrado nenhuma irregularidade.No caso de Gregolin, os gastos incluem hotéis, restaurantes e um jantar de R$ 500 que, segundo a assessoria, foi oferecido a uma comitiva de 30 representantes do governo chinês em visita oficial ao país. Há, ainda, um gasto de R$ 70 em uma choperia que corresponde a uma refeição sem consumo de bebidas alcoólicas.A ministra Matilde Ribeiro gastou quase sete vezes mais que Gregolin no cartão. Em 2007, ela pagou R$ 171,5 mil em despesas de viagem com o cartão corporativo. Na média, os gastos da ministra equivaleram a R$ 14,3 mil mensais, mais do que seu salário mensal, de R$ 10,7 mil. As despesas incluíram hotéis, restaurantes e aluguéis de carros, que responderam pela fatia mais pesada da fatura: R$ 121,9 mil, sempre pagos à mesma empresa de locação de veículos. A ministra também usou o cartão para pagar uma conta de R$ 461 em um free shop. A assessoria de Matilde informou que a ministra cometeu um "engano" e devolveu o dinheiro relativo à despesa no free shop.O ressarcimento, feito neste mês, ocorreu três meses após o gasto. A assessoria da ministra também alegou que no ano passado a ministra intensificou contatos nos Estados, o que elevou o número de viagens, e que, ao contrário de outros ministérios, o órgão não tem estrutura regionalizada. Por isso as despesas com locomoção seriam mais elevadas. É realmente uma farra o que fazem com o dinheiro do contribuinte. Por estas e outras é que nao ha dinheiro para saude, educaçao, segurança pública, transportes e etc. Determinadas pessoas, hoje a maioria, acha que a coisa publica é particular delas.
Agência Estado

Um comentário:

Anônimo disse...

Até quando teremos cgovernantes com este modo de pensar?