quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Eros e Psyque




Havia um rei que tinha tres filhas, todas lindas, sendo que a mais nova dentre elas era tão bonita que despertou inclusive a ira de Afroditeporque muita pessoas que iam visitar o templo da deusa acabavam não indo e ficavam admirando a beleza da jovem. Muito p... da vida a deusa pediu que o seu filho Eros (segundo algumas versoes) castigasse a jovem fazendo com que ela se apaixonasse e casasse com um monstro. Eros seguiu os conselhos da mae, mas ao ver a princeza por ela se apaixonou. Para não despertar a ira de sua mae ele se retirou, mas castigou a princeza com a solidao. Ninguem queria casar com ela. As duas irmãs mais velhas casaram-se cada uma com um príncipe e foram felizes viver suas vidas de rainhas em paises distantes. A mais nova cujo nome era Psyque, não conseguia nenhum namorado, diante de sua extraordinária beleza os rapazes recuavam posto que muitos se sentiam humilhados. Era como se fala hoje, muita areia pra o meu caminhão. Claro isso era a maldiçao se é que podemos chamar, de Eros. Impacientes com aquela situação, os pais da moça resolveram procurar o Oráculo de Delphos para que ele lhes desse alguma orientação de como proceder. Para surpresa de todos o Oráculo lhes falou que a moça iria casar com um monstro posto que esse era o seu destino e aconselhou aos seus pais que vestissem a princesa de noiva e a deixassem no cume de um monte que havia não muito distante e que ao cair da noite a princesa seria levada por um monstro que a tomaria como mulher. Desesperados, os pais hesitaram em tomar tal decisão porem a princesa temendo que algum mal viesse a acontecer a sua família pediu aos seus pais que fosse feita a vontade do oráculo e assim foi feita. O cortejo que se seguiu mais parecia um cortejo fúnebre tal era a dor que tomou conta de todos. No entanto chegaram até ao local e lá deixaram a princesa entregue á própria sorte e retornaram para suas casas. Mal haviam saído e a princesa adormeceu. Em seguida começou uma tremenda ventania. Ao acordar estava num tremendo palácio todo de ouro e com todas as coisas boas ao seu alcance. Embora fosse filha de um rei ela nunca tinha visto tanta riqueza de modo que ela almoçou, jantou tomou banho em banheiras de ouro, não viu televisão porque decerto não tinha e a uma certa hora da noite foi para os seus aposentos dormir. Mal ela deitou e um homem de corpo atlético encapuzado se apresentou dizendo que doravante seria o seu marido com uma condição que ela jamais ousasse vê-lo. Depois de um ligeiro exame ela aceitou e pensou que o motivo do capuz seria pelo fato de ele ser um monstro. Foi uma noite dos deuses. A partir de entao, todas as noites o ritual era o mesmo. Ele chegava, faziam amor, ele muito carinhoso cada vez se revelava um ótimo marido, carinhoso, atencioso e ciente de suas responsabilidades, embora ela não pudesse ver o seu rosto. Mesmo assim ele conquistou a confiança da princesa e a fez esquecer dos dias tensos que antes havia passado. Um dia ele lhe falou que se chamava Eros (deus do Amor) filho de Afrodite e o motivo de usar aquela mascara era para que a sua mãe não soubesse que ele estava namorando aquela mortal de quem a deusa tinha um ciúme doentio. A principio ela aceitou,mas ficou sempre aquela dúvida embora diante de todo o tratamento que ele lhe dispensava não houvesse um motivo mais forte para desconfiança, todavia ela pensava será que é mesmo? Agora era ela quem dizia não pode ser é muita areia para o meu caminhão! Mas como se diz que o que é bom dura pouco, a princesa depois de certo tempo sentiu saudades de sua família e pediu ao seu marido que deixasse que as suas irmãs viessem visitá-la e passar uns dias com ela já que ficava muito sozinha naquele palácio enorme pois que todas as manhãs seu marido saia e só voltava muito tarde da noite. Inicialmente o marido não concordou e falou pra ela da inveja das mulheres e a alertou para o fato que elas poderiam ser a causa de algum ato desagradável. A princesa insistiu e para não desapontá-la o marido mandou buscar as duas irmãs da princesa, suas cunhadas. Ao chegarem as duas ficaram deslumbradas. Embora fossem casadas com príncipes, jamais tinham visto coisas tão deslumbrantes. Do deslumbramento para a inveja foi um pulo e o que fizeram? Convenceram a irmã que ela não podia agüentar aquela situação. Ela tinha que se munir de uma faca e de uma lamparina e quando seu marido estivesse dormindo arrancasse o seu capuz e se ele fosse realmente o monstro que parecia ser, ela o matasse e ficasse com toda aquela riqueza. De inicio Psyque relutou mas diante de tanta insistência acabou fazendo aquilo que as irmãs lhe propunham. Certa noite quando seu marido já estava dormindo ela muniu-se de uma vela e de uma faca e foi para o quarto. Em la chegando, com muito jeitinho conseguiu tirar o capuz do marido que dormia como um Deus. Qual não foi a sua surpresa, Era o mais belo de todos os homens, era literalmente, como dizem por aí. Um deus grego. Extasiada diante de tanta beleza, ela não viu e deixou cair um pingo da vela sobre o seu ombro que imediamente abriu uma ferida. Com a dor ele acordou e gritou: Vou embora! O amor está ferido. E ainda: O amor não pode conviver com a desconfiança. Dito isto foi embora para nunca mais voltar. Psyque chorando,vagou dias e noites à procura do seu amado.Tudo em vão. Um dia, depois de muito andar, ela caiu desmaiada. Eros que também sofria muito com a ausência da amada, chegou apanhou-a nos braços e levou-a até Zeus pedindo-lhe que abençoasse aquela união. Para ter certeza de que não mais se separaria de Psiquê, Eros suplicou a Zeus que o unisse em matrimônio à jovem, no que foi atendido. O próprio Zeus lhe deu a ambrosia para beber, tornando-a, assim, imortal, e depois os declarou esposos. Desta união, que jamais alguém pode separar, nasceria uma criança chamada Volúpia.


Antonio Gomes Lacerda

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