terça-feira, 10 de julho de 2012

O que não se faz por dinheiro?

Nós temos aqui em nosso pais um grupo de pessoas que pensam que todos somos bobos. Se este não é  o caso, esse grupo de pessoas não tem vergonha. Por que digo isso? Digo porque não há   como ficar calado diante do cinismo de um advogado que defende o senhor Demostenes, que eu pensava que fosse um homem sério, dizendo que ele é  um injustiçado. Este advogado comeca a citar trechos de Luther King, de Fernando Pessoa e de muitas outras pessoas que fizeram história, para santificar o seu cliente.  Senhor advogado, leve o seu cliente para o seu escritório empregue-o e confie nele, mas não venha  tripudiar, ainda mais, de nós pobres mortais pagadores de impostos. O que o seu cliente fez e os seus pares fizeram e fazem já  é o suficiente, ou o senhor quer também pegar carona no mesmo bonde para ajudar no massacre a que somos submetidos diariamente. Confesso que este Demostenes me enganou. Hoje quando imagino que esse senhor um dia foi promotor de justiça, imagino que justiça ele promovia. Talvez seja por isso que hoje o defensor da pouca vergonha fala de injustiça. Se o senhor insufla os senadores para que eles não atendam aos anseios da opinião pública, que tipo de pessoa deve ser este advogado? Será  que ele faz parte da populacão! Será  que ele consegue dormir bem e olhar para os seus filhos? É  senhor advogado, o que não se faz por dinheiro?
 Diante da sua sua defesa e da inocência do seu cliente o que  eu posso dizer para  aquele morador de rua que achou 20000,00 e o entregou ao dono?  Só  posso dizer isto:
 "De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se
os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.


Rui Barbosa


(Senado Federal, RJ, Obras Completas,
Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)" 

Antonio Gomes Lacerda

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