domingo, 17 de abril de 2011

CARTA ABERTA A DILMA ROUSSEFF (Por F. Grecco)‏

Não sinalizadas

Para Pablo Colega Direito, Pascoal FACESB, Patrícia Professora Direito, Patricia Ribeiro, paula.jacobina@hotmail.com, Paulão Colega de Direito, Paulina Soares, Paulo César Professor D. Internacional, Paulo Cosato (Colega Direito), Paulo Henrique Melo, Paulo,aluno da FACESB, Paulo Araújo, Paulo defeo, Paulo Professor/Roqueiro, Paulo Rádio Jaraguar, Pedro Segundo, PEREIRA -, PINTHO JORNAL VÍRUS, Prof.Rodrigo Direito Civil/Sociologia Jurídica, Professor Antônio Gomes Professor do Blog, Professor Francisco Arte-Educador/UNEB2000, Professor Marcelo Politano Direito/Paulo Afonso, Professora Carmélia UNEB/IBPEX, Professora Leda UNEB/Direito, quirina1978@hotmail.com


Tudo bem, oba-oba com a popularidade da Dilma, igual à do Lula, ok, e precisamos mesmo apoiar a nova presidenta, mas é preciso continuar cobrando mudanças, pois muita coisa ainda precisa ser melhorada nesse País. Não dá para aceitar mais o analfabetismo e a miséria, não é mesmo?
Segue texto do jornalista Fernando Grecco.

MM



Carta aberta a Dilma Rousseff

(Por Fernando Grecco)

Senhora Dilma,

É de conhecimento geral que os governos nacionais estão atrelados aos negócios dos grandes conglomerados econômicos internacionais. Subordinaram os nossos interesses sociais à ganância dos grandes capitalistas financeiros, extinguindo por derradeiro qualquer possibilidade de implantarmos uma política nos moldes do Welfare State. Sabemos, Excelência, que quase nada podemos contra os ditames de Washington e da União Européia, e que estamos submetidos a um sistema que visa, a cada dia mais, a enriquecer os ricos e empobrecer os pobres. Há quem defenda o atual sistema, seja por estupidez, comodismo ou pelo fato de ser um dos poucos beneficiados por ele. Isso é irrelevante no momento. O que importa, distinta presidente, é saber até quando persistirá essa autofagia humana a fim de sustentar todas as desigualdades e maledicências que dia após dia se fortalecem em nosso meio?

A cada ano se estabelece, ganhando força na mente de algumas pessoas, o ideário de justiça social. A conscientização de que a miséria é um produto inevitável do capitalismo não substitui o desejo de equilíbrio financeiro entre os povos. Ao menos a diminuição da distância entre ricos e pobres é um desafio ímpar na consciência de alguns homens. Sabemos, de forma inequívoca, que o nosso sistema econômico tortura seres humanos, encarcera inocentes e destroça os últimos sentimentos de compaixão, piedade e solidariedade que ainda possam existir, mas a esperança de amenização dessa realidade sobrevive em nossos corações.

Assim sendo, conspícua governante, aguardaremos de Vossa Excelência o cumprimento do discurso de proteção aos pobres, da busca de um equilíbrio que seja de certa forma benéfica a todos os brasileiros. Não esperamos milagres, feitos megalomaníacos que existem somente em discursos eleitoreiros. Esperamos sim, uma política que ao menos nos proteja da fúria endoidecida dos bancos de extorquir o pouco que possuímos. Ávidos, esperamos uma realidade que proporcione oportunidade à juventude e segurança, sobretudo, à velhice.

Nossas terras, senhora Dilma, são ricas, fecundas, e podem prover todas as nossas necessidades. A paz no campo não deve ser apenas uma utopia da chamada “esquerda revolucionária”, mas o objetivo central de qualquer governo que tenha vistas à democracia plena. O latifúndio é o câncer propulsor de nossas mazelas sociais, devendo ser erradicado do nosso meio o mais rápido possível.

O crime, egrégia presidente, não pode ser aceito como algo inerente à nossa realidade. Partiremos do principio que a criminalidade só prospera justamente pelo fato de não haver oportunidade concreta aos jovens. Invista pesadamente na formação de base, na educação que objetive ao preparo de um ser humano diferente, agregador e solidário, e terá a prova que o crime, quando houver, será a exceção de uma ou outra mente psicótica, a qual poderá ser tratada de forma adequada. Refletindo, Vossa Excelência verá que o nosso sistema penitenciário é oneroso e ineficaz, não contribuindo em nada para a reeducação dos detentos.

A saúde, exímia governante, nunca poderá ser relegada a planos secundários. Deverá ter, durante todo o tempo, a atenção máxima dos agentes públicos, sobretudo com relação a idosos e crianças. A saúde da mulher em idade reprodutiva é essencial para que seus filhos cresçam saudáveis e constituam a força motriz para o trabalho e para o desenvolvimento econômico do País.

A sua voz, presidente, chega a milhões de desesperados. Homens, mulheres, crianças, velhos, todos esperam por uma sinergia de forças que possa, ao menos em parte, mudar o nosso destino.

Fernando Grecco é articulista da Folha de Votorantim.

E-mail: fer.grecco@yahoo.com.br


Recebida por e-mail
Colaboração:
antonio marcio melo da silva

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