Supermercado dos 'institutos'

Materia publicada em o Estadão mostra que a falta de controle no uso do dinheiro publico deu lugar a uma verdadeira avalanche de ONGs e Institutos que proliferam no país como verdadeiras pragas ou ralos por onde escoa grande parte do dinheiro que deveria retornar na forma de serviços aos contribuintes que abarrotam os cofres do governo. Ë bom que as pessoas saibam que esse dinheiro é delas. O contibuinte é saqueado diariamente, pagando um dos maiores impostos do mundo e em compensação não tem os serviços básicos de que tanto necessita. O governo não fabrica dinheiro, tira do nosso bolso. Lula não dá um tostão do seu bolso para o bolsa-familia. Cada dia que passa, ele e o seu filho, lulinha, estão mais ricos. Nós pagamos o bolsa família, as viagens do presidente e do seu séquito de aspones. O que saiu era: Fernando Viajando Henrique, esse é: Lula Mentiroso Voando da Silva. Ele já deve ter mais horas de vôo do que a maioria dos pilotos comerciais brasileiros. Enquanto isto acontece, aqueles que fazem parte do esquema vão faturando com as instituições cujos nomes são os mais pomposos que a imaginação pecaminosa consegue produzir. Só para que tenhamos idéia, reproduziremos agora um trecho de uma matéria do Estadão publicada em 05 de dezembro de 2010.

Randerson de Oliveira,Presidente do Integração Brasileira de Educação, Saúde e Turismo (Inbraest), entidade que recebeu R$ 534 mil em emendas do senador Gim Argello (PTB- não esconde a importância do instituto: "Agora eu ?tô? vagabundo. Trabalho com negócio de moda. Aí ?tô? na entidade aí", disse ao Estado. "A gente manda as p... que tem que enviar pros negócios do governo. Nós mesmos somos os funcionários. A gente dá uma parte para a gente", contou.

Carlos Henrique Pina, de 24 anos, aspirante a promotor de festas em Brasília se gaba de ter agora seu próprio instituto para conseguir dinheiro público: "Por que eu abri o Instituto Conhecer Brasil? Para o envolvimento social, simplesmente. Eu conheço gente que tinha estatuto. Quem? Não importa. O que importa é o que o instituto agora é meu e acabou."

Querem mais um dentre os milhares que proliferam no País inteiro?

Divino Assis Júnior , presidente do Instituto Planalto Central, confessa que comprou por um estatuto. Sua entidade, também de fachada, recebeu R$ 600 mil em 2010 do governo para realizar shows em Brasília. "As pessoas não queriam mais tocar (a associação), e a gente entrou para pegar o estatuto. Pagamos o simbólico e reformamos", disse. Negou receber propinas, mas admite que existe dentro do "mundo" dos convênios. "Claro que tem (retorno para o parlamentar), porque senão não teria sentido o senador fazer o repasse dele", disse.”

Moral da história: é uma orgia o que se faz com o dinheiro público nesse país, para isto é necessário que o postulante seja amigo do rei ou conhecedor dos meandros do sub- mundo do crime que abriu um novo "mercado dos institutos" atrás de convênios com o governo federal. Essas pseudo-entidades compram estatutos de associações comunitárias de periferia, alteram seus artigos, trocam a diretoria e passam a atuar como empresas de eventos com recursos públicos sem licitação. Endereço é coisa de menor importância . Basta encontrar uma sala comercial, muitas vezes usam endereços inexistentes, registra a entidade com um nome politicamente correto e, depois, é só correr atrás dos lucros que os contribuintes, coitados, correm atrás do prejuízo , aliás nem precisa, ele bate à nossa porta.

Confira se na sua cidade também não tem algum desses institutos!

Antonio Gomes Lacerda