Sou obrigado a concordar, em parte, com o presidente quando ele reclama do excesso de regras e de fiscalização.
Na realidade se Juscelino, fosse vivo, não existisse Brasília e ele quisesse construí-la, não conseguiria, em quatro anos, nem a licença para descer com seu aviãozinho no planalto central.
Isso é a realidade, mas o que não se pode prescindir é da fiscalização do uso do dinheiro público que é gasto ao sabor das vontades daqueles que foram eleitos para zelar por esse dinheiro e não o fazem, a começar pelo próprio presidente, gastador contumaz. Ainda bem que o presidente é apenas um, porque se tivessemos uns trinta presidentes, eles iriam gastar de viagens o que o Senado e a Câmara com seus 594 integrantes, jamais chegariam perto.
Imaginem os senhores: para começar teriamos que ter 30 aviões. Todo dia teria um presidente, no minimo, viajando para o exterior, com aquele avião lotado de aspones. Sobrariam 29 presidentes, iria um para cada estado e ficaria um em Brasilia, almoçando na Granja do Torto com 600 convidados. Provavelmente num determinado estado teriamos engarrafamento de presidentes.
Já imaginaram quanto isto iria custar isto aos cofres públicos?
Pode parecer brincadeira, mas era isto que aconteceria. Essas pessoas usam o dinheiro público, não como se fosse delas, porque se fosse, elas pensariam duas vezes como gastar, mas como algo que os deuses colocam às suas disposições para ser usado na hora que quiserem e como bem entenderem, visto que não precisam justificar nada, haja vista o que se viu nas televisões, onde ACM Neto, falou para o Brasil que os desmandos, ninguém fala mais nisso e que doravante teremos um novo tempo. Só faltou dizer: de novas sinecuras.
Fiscalização do uso do dinheiro público sim, burocracia, não!
Antonio Gomes Lacerda
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