terça-feira, 14 de abril de 2009

Cientistas localizam fronteira entre a Terra e o espaço





Redação do Site Inovação Tecnológica



14/04/2009
Cientistas canadenses realizaram a medição mais precisa já feita até hoje em busca do estabelecimento definitivo de uma fronteira entre o espaço e a Terra.

Cientistas canadenses realizaram a medição mais precisa já feita até hoje em busca do estabelecimento definitivo de uma fronteira entre o espaço e a Terra. [Imagem: NASA]
Fronteira final da Terra
Os dados confirmaram as teorias de outros cientistas, estabelecendo a altitude de 118 quilômetros como sendo a fronteira final da Terra. Acima dessa altitude, pode-se considerar que começa o espaço exterior.
A 118 km da superfície cessam os ventos terrestres, considerados relativamente leves e começam os violentos fluxos de partículas espaciais, que podem atingir velocidades de até 1.000 km/h.
Imageador de íons
Os cientistas da Universidade de Calgary coletaram os dados por meio de um instrumento chamado Imageador de Íons Supratermal, que foi colocado em órbita baixa - 200 quilômetros de altitude - em 19 de Janeiro de 2007, a bordo do foguete Joule-II, da NASA.
A pequena sonda, vista na foto abaixo, mergulhou de volta para a atmosfera, cruzando a fronteira Terra-espaço e coletando continuamente dados durante os breves 5 minutos de sua missão.
É muito difícil coletar informações nessa região porque o local é muito alto para o uso de balões e muito baixo para os satélites artificiais.



"Esta é a segunda vez que medições diretas de fluxos de partículas carregadas foram feitas nessa região e a primeira em que todos os ingredientes, como os fortes ventos acima da atmosfera, foram incluídos", explica o astrônomo David Knudsen, participante da pesquisa.
Influências sobre o clima da Terra
Os resultados vão ajudar os cientistas a compreenderem melhor o clima espacial, isolado dos efeitos da atmosfera terrestre, e dos seus impactos sobre a Terra.
"Os dados nos permitem calcular os fluxos de energia que entram na atmosfera terrestre e entender a interação entre o espaço e nosso ambiente. Isso pode representar um melhor entendimento da ligação entre as manchas solares e o aquecimento e o resfriamento do clima na Terra, bem como a forma como o clima espacial afeta os satélites e os sistemas de comunicação, navegação e energia," disse Knudsen.
Bibliografia:Rocket-based measurements of ion velocity, neutral wind, and electric field in the collisional transition region of the auroral ionosphereL. Sangalli, D. J. Knudsen, M. F. Larsen, T. Zhan, R. F. Pfaff, D. RowlandJournal of Geophysical Research7 April 2009Vol.: 114, A04306DOI: 10.1029/2008JA013757
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