sábado, 25 de outubro de 2008

Resistência ao novo, sempre haverá. O tempo resolve o problema



O novo sempre encontrará uma certa resistência. Isso já se tornou voz corrente não apenas nos meios acadêmicos, mas até nas conversas de fins de semana. A causa principal desta verdadeira fobia ao novo, é a insegurança, companheira inseparável da maioria das pessoas. Felizmente, as mudanças acontecem devido ao antagonismo das forças que surgem quando da chegada do novo. A terceira lei de Newton, já diz: á toda ação corresponde uma reação de mesmo valor absoluto, mesma direção, sentidos contrários. A ação e a reaçao atuam em corpos diferentes.
Um exemplo claro do que estou falando aconteceu com o aparecimento dos primeiros robôs. Enquanto era temido por um grupo que via no aparecimento da máquina uma ameaça à integridade humana, não só do ponto de vista físico, mas também social, era venerado por outro, que vislumbrava naquelas maquinas a libertação humana de tarefas estressantes e repetitivas. Aliás, não tem sido outro, ao longo dos tempos, o objetivo maior da ciência e da tecnologia.
Não demorou muito este embate. O presente nos mostrou que o segundo grupo estava com a razão, embora não fosse de bom alvitre desprezar os alertas do primeiro. O grande benefício dos robôs até agora está no setor industrial. É lógico que muitos, principalmente os sindicalistas concentrem o discurso no emprego que eles tiraram de pessoas nos locais onde foram instalados, o que é um fato, todavia não há como esquecer dos empregos gerados em seu desenvolvimento, fabricação e manutenção e, principalmente, do número de acidentes de trabalho que deixaram de acontecer.
Frutos mais recentes trazidos pela robótica são os exoesqueletos (Stephen Hawking abandonou a cadeira de rodas). que começam a chegar ao mercado e que, em poucos anos, serão vistos por toda parte, aposentando muitas cadeiras de rodas e trazendo à convivência social pessoas hoje virtualmente destituídas de mobilidade, principalmente os idosos. E não para por aí. No tratamento de crianças autistas, os robôs demonstraram o quanto serão úteis no ensinamento de como lidar com este tipo de situação. Portanto, no frigir dos ovos, as tão temidas e mal faladas máquinas poderão se transformar em úteis ferramentas que com certeza amenizarão em muito o sofrimento humano e de concorrentes tornar-se-ão parceiras inseparáveis. A ciência, fruto da inteligência humana, atributo que diferencia esta espécie das demais, está a serviço do homem, uma vez usada sob a luz da razão.
Antonio Gomes Lacerda

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