quinta-feira, 15 de maio de 2008

Deu na Mídia Tupiniquim




Aperte a tecla play, indicava o bilhete. Em instantes, surgia na tela a imagem de um senhor de meia-idade, sorriso tímido e a voz grave dizendo... “Olá, Robert. Eu sou Maurício Botelho, presidente da Embraer, a fabricante brasileira de aviões. Gostaria de apresentar nossa empresa, convidá-lo a conhecer a nova família de produtos e suas vantagens tecnológicas e comerciais...” Durava poucos minutos a apresentação em DVD enviada por Botelho a vários presidentes das principais companhias aéreas do mundo. Era um embrulho, pequeno, com uma caixa que continha um DVD Player, munido de tela, um pouco maior que um palm top, com saudações personalizadas. O Robert da gravação descrita acima, por exemplo, era Robert Milton, presidente da Air Canada, cliente de carteirinha da principal rival da Embraer, a Bombardier (empresa canadense fabricante de aviões).

Ele achou o máximo a história do DVD. Viu, ouviu e comprou. Ao todo, 60 aviões brasileiros foram estacionar nos hangares da Air Canada. O primeiro foi entregue em julho de 2005.

“Foi a estratégia de venda mais criativa que eu já vi”, declarou o presidente da Air Canada à revista Fortune. David Neeleman, o CEO ("chief executive officer"), da Jet Blue, também recebeu um DVD de Botelho.

Esse mesmo DVD foi recebido pelos presidentes da US Airways, da SaudiArabian, da Flybe, da EasyJet e da Paramount Airways.

Desde 2001, quando a Embraer decolou com esta criativa estratégia de marketing, até agora, dezenas de contratos foram fechados com companhias que até conheciam a marca brasileira, mas jamais haviam sentado com alguém do time de Botelho para negociar um avião. Com esta estratégia de propaganda e produtos de qualidade a Embraer passou de uma fornecedora de linhas aéreas regionais para uma parceira de peso de companhias tradicionais e das chamadas empresas de baixo custo. Em outras palavras, o produto certo aliado ao marketing certeiro, colocou a Embraer no primeiro time da aviação mundial. Para a Jet Blue, foram vendidos 100 modelos 190, num contrato de US$ 3 bilhões, com opção de compra de mais 100 aeronaves. O primeiro foi entregue em agosto em agosto de 2005. Para a Saudi Arabian, foram vendidos 15 aviões, todos do modelo 170. A Paramount Airways, da Índia, comprou 5 avioes, dois 170 e três 175. A Embraer jamais havia conseguido fechar contrato no Oriente Médio”, diz o vice-presidente da fabricante brasileira. Embora os invejosos tentem minimizar a grande tacada foi mesmo a venda para a Air Canada: US$ 1,3 bilhão (podendo chegar a US$ 3,5 bilhões) na terra da principal rival, com um dos maiores clientes da Bombardier, vencendo uma disputa contra Boeing, Airbus e outras concorrentes, as maiores do mercado aeronautico. Fosse no futebol seria comparado a golear a Argentina em pleno estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.

Deixando de lado a venda de avioes e por conseguinte a entada de capital no país, gostaria de comentar o seguinte assunto.

Presidência da República compra 595 marmitas com cartão corporativo no Pará. A Presidência usou cartão corporativo para comprar 595 marmitas e o mesmo número de refrigerantes durante uma viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Pará, em fevereiro de 2004, na qual 40 auxiliares de apoio acompanharam a comitiva, que passou cerca de quatro horas no Estado e chegou após o almoço. A despesa foi classificada como "sigilosa" e está sob análise da CPI dos Cartões e entre documentos requisitados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) para auditoria. A compra foi feita no restaurante Sinhá Norte Comércio e Representação, que vende comida popular, por um dos ecônomos (servidor que cuida dos gastos) que serve ao presidente, Clever Pereira Fialho. O custo foi de R$ 3.808. Cada marmita custou R$ 5 e os refrigerantes, R$ 1,40, segundo a nota fiscal 1.142, a que a Folha teve acesso.
Parece coisa de louco, mas não é. O que significa juntar venda de aviões com a compra de marmitas e refrigerantes? Significa o seguinte: por que com apenas um DVD e nada mais o presidente da Embraer consegue vender aviões para o mundo e nao apenas isso, torna ainda o nosso país conhecdo e respeitado lá fora. Enquanto isso, o Presidente Lula para fazer qualquer negocio tem que levar um avião lotado de aspones, me fazendo lembrar inclusive da Republica de Mombaça, no Ceará?

Gostaria que o leitor atentasse para tais detalhes e opinasse sobre o porquê de condutas tao diferentes visto que no meu ponto de vista só a incompetencia e o desrespeito com a coisa publica (dinheiro do contribuinte) poderiam justificar tais atitudes.

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