segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A festa espanhola


Mauro Santayana
A Telefônica de São Paulo, controlada pelos espanhóis, ofereceu uma festa, em hotel de São Paulo, aos funcionários do Procon ­ que comeram, beberam, ganharam brindes. A empresa, segundo os registros, é a que recebe mais reclamações, mediante a instituição, criada para defender os interesses dos consumidores e dos usuários de serviços públicos. Outros fossem os tempos ­ como os de Getúlio ­ e todos os servidores do Procon que compareceram teriam sido demitidos a bem do serviço público. Nenhum inquérito administrativo os livraria dessa punição necessária. Também se outros fossem os tempos, a empresa seria processada, por iniciativa do governo, do Ministério Público ou da Anatel, por corrupção ativa dos servidores do Estado. Faz falta investigar se a Telefônica não exerce a mesma corrupção sobre outras entidades que lhe devem fiscalizar a conduta. Os colonialistas são os mesmos de sempre. No passado, ofereciam miçangas e espelhinhos aos nativos. Agora usam dvds e outros gadgets, conforme publicou a Folha de S. Paulo. O fato lembra o caso da Anac: não se sabe o que ocorreu com os fiscais que recebiam passagens de cortesia das empresas aéreas. Dentro desse clima de promiscuidade, não se pode condenar a atitude do dirigente da escola de samba que homenageou Fernandinho Beira-Mar. Nem as facilidades que beneficiam o grande traficante na prisão.
Todos esses fatos indicam a necessidade de urgente reforma do sistema administrativo do Estado. O mais correto é retornar, com urgência, aos critérios estabelecidos pelo DASP para o ingresso e carreira no serviço público, extinguir a odiosa terceirização - que lembra o aluguel de escravos do século 19 ­ e instituir regime de absoluta intolerância contra corruptos e corruptores.

JORNAL DO BRASIL - 10/12/2007
Eu entendo que devemos condenar as duas atitudes sob pena de nao condenarmos mais nada já que os absurdos vao se sucedendo, nao mais a cada dia e sim a cada hora. Quem nos garante que com os tribunais de contas nao acontecem as mesmas coisas? E nos demais orgaos públicos? Portanto , há que se condenar toda essa pouca vergonha que já se tornou lugar comum em nosso país.
Antonio Gomes Lacerda

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