Fábio de Castro - Agência FAPESP - 11/07/2007
O Brasil subiu duas posições no ranking dos 30 países com maior número de artigos científicos publicados. O anúncio foi feito ontem durante a 59ª Reuniao Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pelo presidente da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Jorge Almeida Guimarães.
Produção científica brasileira
Segundo Guimarães, a produção científica do Brasil ultrapassou a da Suécia e a da Suíça, alcançando a 15ª posição. Em relação a 2004, o crescimento, de 33%, foi o triplo da média mundial. "Em 2002, estávamos em 20º lugar; em 2005, subimos para 17º. O patamar atual era esperado apenas para 2009", disse à Agencia FAPESP.
Os pesquisadores brasileiros, segundo Guimarães, publicaram 16.872 artigos em 2006. "É o equivalente a quase 2% da produção científica mundial. O segundo colocado, que é a Alemanha, tem apenas quatro vezes mais, com 8% do total publicado", disse. A grande diferença está para o primeiro colocado, os Estados Unidos, responsáveis por 32,3% da produção científica do planeta.
Em relação ao desempenho de qualidade - que mede não apenas o número de artigos publicados, mas seu impacto - o Brasil está em 20º lugar. "A diferença é que, em qualidade, embora estejamos abaixo no ranking, estamos bem próximos do primeiro colocado, que é a Suíça, cujo índice de impacto é um pouco mais do que o dobro do brasileiro", explicou Guimarães.
Para o presidente da Capes, o aumento nas publicações está ligado à avaliação. "O crescimento se deu de forma mais pronunciada nas áreas em que há atualmente mais cobrança na avaliação."
Ciências humanas e sociais
As áreas que mais cresceram na comparação entre os dois últimos triênios (2001-2003 e 2004-2006) foram psicologia e psiquiatria (70%), produção animal e vegetal (58%), ciências sociais (52%), medicina (47%), farmacologia (46%), ciência agronômica (46%, imunologia (44%), computação (44%) e ecologia e meio ambiente (40%).
"Comparando só 2005 e 2006, tivemos crescimento mais pronunciado em imunologia (23%), medicina (17%), produção animal (13%), economia (12%), meio ambiente (12%) e engenharias (11%)", disse.
Pós-graduação no Brasil
A qualidade e o crescimento da pós-graduação brasileira seriam os fatores responsáveis pelo avanço. "A pós-graduação está crescendo a uma média anual de 7%. Em março deste ano, contávamos com 2.437 programas de pós, 3.637 cursos e 148 mil estudantes", destacou Guimarães.
No entanto, o presidente da Capes qualifica como "dramática" a distribuição da pós-graduação no país: 52% dos cursos estão na região Sudeste. Outros 20% no Sul, 17% no Nordeste, 7% no Centro-Oeste e apenas 4% no Norte.
"No Norte, não temos um único curso na área de saúde, por exemplo. Quanto ao Centro-Oeste, se excluirmos o Distrito Federal, a situação é até pior. Não há dúvidas de que precisamos de ações específicas nessas regiões", afirmou.
O Brasil subiu duas posições no ranking dos 30 países com maior número de artigos científicos publicados. O anúncio foi feito ontem durante a 59ª Reuniao Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pelo presidente da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Jorge Almeida Guimarães.
Produção científica brasileira
Segundo Guimarães, a produção científica do Brasil ultrapassou a da Suécia e a da Suíça, alcançando a 15ª posição. Em relação a 2004, o crescimento, de 33%, foi o triplo da média mundial. "Em 2002, estávamos em 20º lugar; em 2005, subimos para 17º. O patamar atual era esperado apenas para 2009", disse à Agencia FAPESP.
Os pesquisadores brasileiros, segundo Guimarães, publicaram 16.872 artigos em 2006. "É o equivalente a quase 2% da produção científica mundial. O segundo colocado, que é a Alemanha, tem apenas quatro vezes mais, com 8% do total publicado", disse. A grande diferença está para o primeiro colocado, os Estados Unidos, responsáveis por 32,3% da produção científica do planeta.
Em relação ao desempenho de qualidade - que mede não apenas o número de artigos publicados, mas seu impacto - o Brasil está em 20º lugar. "A diferença é que, em qualidade, embora estejamos abaixo no ranking, estamos bem próximos do primeiro colocado, que é a Suíça, cujo índice de impacto é um pouco mais do que o dobro do brasileiro", explicou Guimarães.
Para o presidente da Capes, o aumento nas publicações está ligado à avaliação. "O crescimento se deu de forma mais pronunciada nas áreas em que há atualmente mais cobrança na avaliação."
Ciências humanas e sociais
As áreas que mais cresceram na comparação entre os dois últimos triênios (2001-2003 e 2004-2006) foram psicologia e psiquiatria (70%), produção animal e vegetal (58%), ciências sociais (52%), medicina (47%), farmacologia (46%), ciência agronômica (46%, imunologia (44%), computação (44%) e ecologia e meio ambiente (40%).
"Comparando só 2005 e 2006, tivemos crescimento mais pronunciado em imunologia (23%), medicina (17%), produção animal (13%), economia (12%), meio ambiente (12%) e engenharias (11%)", disse.
Pós-graduação no Brasil
A qualidade e o crescimento da pós-graduação brasileira seriam os fatores responsáveis pelo avanço. "A pós-graduação está crescendo a uma média anual de 7%. Em março deste ano, contávamos com 2.437 programas de pós, 3.637 cursos e 148 mil estudantes", destacou Guimarães.
No entanto, o presidente da Capes qualifica como "dramática" a distribuição da pós-graduação no país: 52% dos cursos estão na região Sudeste. Outros 20% no Sul, 17% no Nordeste, 7% no Centro-Oeste e apenas 4% no Norte.
"No Norte, não temos um único curso na área de saúde, por exemplo. Quanto ao Centro-Oeste, se excluirmos o Distrito Federal, a situação é até pior. Não há dúvidas de que precisamos de ações específicas nessas regiões", afirmou.
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