sábado, 17 de novembro de 2007

Abastecimento de gás deve se normalizar só após 2010

Planta da Petrobras na Bolívia: após deixar o país há um ano, Petrobras deve retomar negociações para ampliar produção de gás


A despeito do otimismo com a descoberta de reservas gigantescas de petróleo e gás, o país não conseguirá resolver no curto prazo a crise de abastecimento de gás natural. O Brasil não é prioridade número um da Bolívia, seu principal fornecedor, e o aquecimento do mercado de gás natural liquefeito (GNL), que deve perdurar pelos próximos anos, promete dificultar as compras do produto.Nesse cenário, os especialistas alertam para a possível repetição de solavancos como o da semana retrasada, quando a Petrobras reduziu as entregas de gás às distribuidoras do Rio e de São Paulo.A tendência é que a situação se normalize só na virada da década, com a entrada em operação de campos de gás como Mexilhão, na bacia de Santos, e os complexos Peroá-Cangoá e Golfinho, no Espírito Santo, que dependem da conclusão de gasodutos para abastecer o mercado.Mexilhão, que despontou em 2004 com reservas estimadas em 420 bilhões de metros cúbicos de gás, caiu para 280 bilhões. Mas, embora continue uma promessa gigante, deverá produzir somente em 2009. O bloco de Tupi, cujas reservas podem chegar a 8 bilhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás), deverá produzir em 2013, sem impacto, portanto, na oferta no curto prazo. Além disso, trata-se de um grande reservatório de petróleo com pouco gás, que, na opinião de especialistas, deve ser usado para abastecer as plataformas e ampliar a pressão dos reservatórios.O consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, alertou, em reportagem de O Estado de S. Paulo, para o risco de repetição da crise de abastecimento de gás já em abril de 2008, caso as chuvas de verão não sejam suficientes para elevar substancialmente o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Se não chover bem, o preço da energia sobe e as térmicas voltam a ser acionadas.A crise no setor e as relações da Petrobras com a Bolívia serão tema de debate a ser realizado pela Comissão de Infra-Estrutura (CI) com o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli. A produçao nacional de gás natural aumentou pouco nos últimos sete anos em (milhares de metros cúbicos)

Nenhum comentário: